quinta-feira, 30 de junho de 2011

Videoativismo


Breves consideraçoes sobre o surgimento do videoativismo e seu desenvolvimento
O videoativismo é tão antigo quanto a própria história do vídeo. Talvez mais, se considerarmos as primeiras experiências estéticas e técnicas com a imagem da TV no início da década de 60, ou ainda as influências da produção do cinema russo (Vertov) e underground, sempre paralela às grandes produções cinematográficas. Mas o que impulsionou de forma definitiva artistas e curiosos a utilizarem esse suporte para registrar, projetar e experimentar outras possibilidades de uso para a imagem eletrônica, foi o lançamento de uma câmera portátil de vídeo pela Sony, o Portapack, em 1965 que aliado ao videoteipe (utilizado pelas grandes emissoras de TV desde a década de 50), e ao videocassete (lançado em 1970), possibilitou a produção de videoregistros, videodocumentários e videoarte na contramão do que a televisão veiculava comercialmente.

A grande maioria das propostas experimentais com a televisão e o vídeo têm sido associadas (principalmente aqui no Brasil, onde não houve um movimento de incentivo em relação as possibilidades da imagem eletrônica) à videoarte. E a videoarte por sua vez, acabou absorvendo esses trabalhos. Não se pode apontar um motivo: talvez por ser de vanguarda e trazer o questionamento como algo inerente a sua própria condição, talvez por apresentar a ousadia experimental de forma marcante, ou ainda por unir essas e outras características, o fato é que o início da história do vídeo no Brasil está dividido em dois tipos de práticas: produção comercial (vídeos e programas de televisão produzidos para serem veiculados em grandes corporações broadcasting) e videoarte (produção experimental exibida para um público lternativo em galerias, museus e festivais).
A história da videoarte começa oficialmente na década de 60, dentro da proposta “tardo-dadaísta” do grupo Fluxus, que tinha entre seus integrantes John Cage, Nam June Paik e Wolf Vostell. Esse grupo que surgiu no final dos anos 50, produzia obras com o intuito de provocar artistas, críticos e consumidores a questionar conceitos e categorias de julgamento, além de se apropriar das novas tecnologias disponíveis para elaborar happenings, performances e festivais. Foi no início daquela década que esses artistas começaram a se interessar pela imagem da televisão como possibilidade de intervenção estética. Leia mais em CMI